Resposta da EMBRAPA - Amazônia Oriental referente à entrevista concedida pelo médico Drauzio Varella à Revista Época


Leia abaixo o esclarecimento que a Embrapa - Amazônia Oriental postou em seu site oficial referente à postura preconceituosa do médico Drauzio Varella ao propor a discussão sobre o que é mito e o que é verdade na medicina popular no que diz respeito ao uso de plantas medicinais apresentados em forma de chás, extratos e pomadas em entrevista à Revista Época e, na sequência, no Programa Fantástico, da Rede Globo:

Em resposta à entrevista concedida pelo médico Drauzio Varella à Revista Época, a Embrapa vem a público esclarecer que:



A Embrapa Amazônia Oriental, Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, vem trabalhando, ao longo dos seus 70 anos de história, na geração, adaptação e validação de conhecimentos e tecnologias, respeitando os saberes e tradições do povo brasileiro.

Como instituição de referência na pesquisa com Plantas Medicinais, a Unidade da Embrapa, sediada em Belém-Pará, possui uma linha de pesquisa que trata de recursos genéticos, com trabalhos científicos nas áreas de etnobotânica e biotecnologia voltados às plantas medicinais. Esses estudos envolvem a coleta de material genético e formação de bancos de germoplasma; caracterização fitoquímica de plantas; conservação in situ e ex situ; identificação botânica; e melhoramento genético.

O Horto de Plantas Medicinais da instituição é uma coleção de plantas (banco de germoplasma) utilizada para o desenvolvimento de pesquisas e transferência de tecnologias para preservar a variabilidade genética das plantas amazônicas; caracterizar as espécies de plantas; garantir a sua identificação correta; e assegurar seu cultivo e manipulação adequados por parte das comunidades amazônicas. Não se trata, portanto, de uma farmácia viva.

O trabalho coordenado pela Embrapa Amazônia Oriental e apresentado ao médico Drauzio Varella, em Belém-PA, faz parte de projeto que envolve uma equipe multidisciplinar de médicos, engenheiros agrônomos, farmacêuticos, fisioterapeutas, biólogos e bioquímicos da Embrapa, Universidade Federal do Pará, Universidade Federal de Lavras e Centro Universitário do Pará. Não há ideologia, o trabalho é pautado no conhecimento científico aliado ao conhecimento tradicional.

O engenheiro agrônomo citado na entrevista do médico possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal Rural da Amazônia, mestrado em Agronomia (Fitotecnia) pela Universidade Federal de Lavras, Especialização em Biotecnologia de Plantas pela JICA-Japão e doutorado em Agronomia (Fitotecnia-Biotecnologia de Plantas) pela Universidade Federal de Lavras (MG), já tendo recebido três Prêmios Finep de Inovação Tecnológica em diferentes categorias. Tem larga experiência na área de Fitotecnia, Recursos Genéticos e Biotecnologia, com ênfase em Biologia Celular e Propagação de Plantas, atuando principalmente nos seguintes temas: micropropagação, plantas medicinais, cultura de tecidos vegetal e conservação genética. É professor do curso de doutorado em Agroecossistemas da Amazônia, da Universidade Federal Rural da Amazônia, do curso de especialização lato sensu Cultivo, Manejo e Manipulação de Plantas Medicinais da Universidade Federal de Lavras.

O pesquisador trabalha há 18 anos com plantas medicinais e, entre suas diversas publicações, lançou recentemente a obra "Plantas Medicinais: do cultivo, manipulação e uso à recomendação popular", em parceria com a Universidade Federal de Lavras. A obra é uma reunião de informações científicas atuais, balizadas no conhecimento de várias áreas do conhecimento (medicina, fisioterapia, farmácia e bioquímica, biologia e agronomia), aliadas à sabedoria popular relacionada à tradição de agricultores, caboclos e índios da Amazônia.

As informações apresentadas ao médico Drauzio Varella por ocasião de sua vinda à sede da Embrapa em Belém, não se tratam portanto de informações sem pesquisa, sem conhecimento, sem ciência. Elas são fruto de um trabalho desenvolvido em uma das mais antigas instituições de pesquisa do Brasil, protagonista da produção de Ciência e Tecnologia em prol da sociedade brasileira.

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Fonte: http://www.cpatu.embrapa.br/noticias/2010/esclarecimento